quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Desabafo Morto

O olho
Mas não o enxergo
Há uma sombra entre nós
Um vulto constante

A caligrafia nítida pela qual eu o lia
Tornou-se um borrão de tinta
No papel timbrado

Temo jamais tê-lo visto
Pior...
Temo jamais tê-lo encontrado

É como se todo aquele brilho
Tivesse se escondido
Toda minha fé em seu ser,
Escapado

A admiração com a qual eu o vestia, o despiu
Dando asas ao inesperado que, então, surgiu
O irreversível desapego...

Diogo Marcello











2 comentários:

  1. nossa cara! não conhecia esse seu lado!
    achava que era so fazina isso pra expor seus sentimentos!
    Mas to vendo que tem um pouco mais ai!
    lindo!! continue!

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